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Pílula Mirabolante #7: ansiedade climática e racismo ambiental

Olá, pessoal! Como foram as primeiras semanas de janeiro por aí? Além de quentes!

Em meio ao calor extremo do Rio e às tragédias das últimas chuvas, trazemos nesta pílula dois termos que vêm ganhando destaque no mundo, especialmente no ecossistema de impacto: ansiedade climática e racismo ambiental.

O primeiro é um conceito mais recente e vem atingindo principalmente as gerações mais jovens.

 "a ansiedade climática (ou eco-ansiedade) seria o sofrimento relacionado às preocupações com os efeitos das mudanças climáticas”

Segundo pesquisa da revista científica "The Lancet", mais da metade dos 10 mil jovens entrevistados em 19 países acreditam que a humanidade está condenada e 45% afirma que os sentimentos sobre as mudanças climáticas afetam negativamente suas vidas.

Uma ansiedade que vai além do medo das catástrofes e também está presente na aflição da escolha de consumo, de moradia, ter ou não ter filhos... e, principalmente, na responsabilidade pessoal de "consertar as coisas".

Já conheciam este termo? Este artigo da National Geographics o aborda com mais detalhes.

Sem tempo para refletir.

Outra matéria sobre ansiedade climática, da revista Vida Simples, nos leva a refletir que grande parte da população sequer tem tempo para se preocupar com incertezas sobre o futuro, pois está ocupada tentando sobreviver ao presente.



Como testemunhamos seguidamente, as populações periféricas, quilombolas e indígenas são as primeiras e mais impactadas pelos desastres ambientais. Além de terem que lidar diariamente com questões como escassez de água, falta saneamento básico, demarcação de terras, déficit habitacional...

“Por isso, a gente não está no mesmo barco. Tem pessoas que estão em um barco, outras em uma canoa. E isso tem nome: racismo ambiental”

O termo, que surgiu há 40 anos, é utilizado para ilustrar como as catástrofes ambientais, como enchentes, secas e contaminação, afetam de maneira mais severa determinadas populações. Este artigo do portal Gov. explica a origem do conceito e as maneiras de combatê-lo.

A solução tá em casa!

Ainda bem, pois a pandemia nos ensinou que não podemos depender de ajuda externa. Então, mais do que falar sobre como evitar ou reverter a ebulição climática, precisamos fomentar soluções que nos ajudem a lidar com ela.

Para encerrar a pílula com uma dose de esperança, a matéria destaca ainda o comprometimento dos jovens e a vantagem que o Brasil possui ao contar com diversos exemplos positivos de convivência sustentável com a natureza, lições valiosas de nossos povos tradicionais, quilombolas e ribeirinhos.

“Mais do que plantar uma árvore, precisamos entender como podemos ser parceiros daqueles que sustentam uma floresta”

Algo parecido com o que é defendido pelo líder índigena, Ailton Krenak: "Temos que parar de nos desenvolver e começar a nos envolver". 

Como essa provocação chega por aí? Que formas de fomento podemos criar ou intensificar para multiplicar esses exemplos positivos? Nas situações de emergência - que serão cada vez mais comuns - que mudanças precisamos fazer para garantir que o recurso chegue mais rápido onde precisa?

Até a próxima! ;)

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